Espanha vai elaborar e manter um registro das pessoas que se recusarem a ser vacinadas contra o novo coronavírus, partilhando-o com outros parceiros europeus a lista com nomes dos não imunizados.
A informação foi anunciada nessa segunda-feira (28) pelo ministro da saúde espanhol, Salvador Illa, durante uma entrevista ao canal de televisão “La Sexta”.
Illa sublinhou, contudo, que a lista não estará acessível ao público no geral, mas será elaborada “com o maior respeito pela proteção de dados”. O ministro aproveitou para relembrar a importância da vacinação no combate ao vírus. “Quanto mais, melhor”, afirmou.
A população será contactada pelas autoridades regionais de saúde quando for a sua vez de vacinar. Apesar de não ser obrigatória, a vacina da Pfizer-BioNTech é aconselhada pelas entidades de saúde.
De acordo com uma pesquisa realizada recentemente pelo instituto público de demografia, 28% dos cidadãos espanhóis mostraram-se contra a vacinação da Covid-19, um valor que representa uma melhoria face a novembro, quando 47% dos inquiridos garantia que não queria vacinar.
“As pessoas que decidem não se vacinar, o que consideramos um erro, estão no seu direito”, relembrou Illa.
Espanha ultrapassou nessa segunda-feira (28) as 50 mil mortes por Covid-19. O país contabiliza, até ao momento, mais de 1,8 milhões de infeções desde o início da pandemia.
Está em vigor no país o toque de recolher obrigatório, entre 23h e 6h, até o início de maio de 2021 em muitas regiões e localidades, as exceções aplicam-se apenas a pessoas que saiam para trabalhar, para comprar medicamentos ou prestar cuidados a idosos ou crianças.
Quadro da COVID-19 na Espanha